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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Hiking na Pedra Branca e novas amizades

Estamos acostumados a residir em áreas de urbanização extremas e quando surge a necessidade de se conectar com um pouco de "verde" somente as pinturas das paredes não são satisfatórias. Há atletas de trail run que precisam da estrada de terra batida, dos cascalhos e da lama para aprimorarem seus desempenhos esportivos; e também há os amadores e/ou simpatizantes da causa, feito eu, que estar em contato direto com a natureza nos basta para poder descarregar o desgaste dos dias exaustivos.
Por infeliz causa e reação estamos cada vez mais afastados demograficamente desses recantos esportivos, porém até mesmo nesse simples fato, tenho sorte.
Feito a grande maioria dos esportistas moro em bairro urbano, mas ao sair de casa e correr uns 300 metros para a rua lateral chego aos pés de uma das subidas bem conhecidas na região, perfeita para arriscar aquelas dorzinhas na panturrilha.
A estrada da Pedra Branca (nomeação informal por causa de um restaurante localizado no final do primeiro quilômetro) é um local buscado por poucos corredores da região, porém uma das amantes dos ciclistas de mountain bike. A extensão procurada é de 4,5km até um pesque-pague local, com uma inclinação de quase 100 metros de ascensão por quilômetro percorrido e estrada de terra por quase todo o percurso.
Como houveram dias que fiquei trancafiado por causa da chuva, sem praticar qualquer esporte (e não adianta falar esteira porque meu negócio é outdoor) não possuía desculpas para deixar de arriscar a caminhada até lá.
Os primeiros passos foram em um ritmo bom, quase acelerado, para quem ficou tanto tempo parado. As nuvens estavam carregadas, mas sabia que não iria chover, quem sabe até com bastante paciência talvez o Sol desse o ar da sua graça quando chegasse ao fim. Na prática do hiking o que mais me interessa é a paisagem e a calmaria que sempre capto em cada gota de suor. Sempre vale a pena!
Nessa caminhada que, por costume ou irresponsabilidade corporal, transformou-se em corrida de montanha não consegui dar um passo por vez no mesmo ritmo e quando percebi já estava correndo.
Ao chegar em uma espécie de portal, além dos raios solares aparecerem, do pesque-pague Zimermann tive a melhor surpresa dessa pequena jornada. As fotos contidas nesse relato explicam melhor a minha companhia do que qualquer palavra possa expressar. Vira-latas? Sem raça? Não me importa. São nas quatro patas desses bichanos que muitos encontramos o verdadeiro amor; não que eu sinta amor especificamente por esses cães, não se pode amar o que acaba de conhecer, mas tenho convicção que eles amam alguém e espero que esse sentimento seja recíproco, porque nós não merecemos tanto, mas os caninos sim! Foi só alegria.
A descida não pôde ser diferente das passadas anteriores e saí correndo. Não fiz pausas, não acelerei, não perdi o foco; somente segui trotando...
Após, quase, 9 km dessa brincadeira me dei conta que era isso que sempre quis: Não sair correndo feito um louco, mas em qualquer situação poder fazer amigos!





SEGUEM MAIS ALGUMAS FOTOS:


 
DADOS DA ATIVIDADE:

Distância percorrida: 8,9 km
Tempo de movimentação: 1:01:05
Ritmo: 6:50 min/km
Elevação acumulada: 442 m
Registro no Strava: https://www.strava.com/activities/1017969367