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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Qual é a bike que me leva?


Recebi, através da recém criada página no Facebook, algumas perguntas sobre os mais variados temas, porém uma das quais perdurou foi sobre a bicicleta que venho usando. "Qual é a sua bike?", "Ela é aro 29?", "Serve pra cicloturismo?"...
Apesar de alguns meses atrás ter usado uma Scott Scale 70 completamente alterada de fábrica com os melhores componentes do mercado, uma Soul Roots 27,5 pesada com materiais intermediários, e rodado poucos quilômetros com uma speed Caloi 10 básica com quadro maior que devo usar, hoje, resgatando do esquecimento do quartinho da bagunça, uso uma Caloi Elite 2.4 ano 2010 MTB adquirida nova para meu filho que jamais foi praticante dos pedais.
Por questões de emergências financeiras precisei vender as outras, tidas como minhas, e fiquei somente com a Caloi guardada e empoeirada, e eu, que não consigo ficar sem tal brinquedo, fiz questão de não me "livrar" para manter meus passeios, mesmo sendo com a versão simplificada da anterior Scott.
Apesar da campanha mundial do ciclismo ser intensa em relação a utilização das rodas 29", confesso que ainda não experimentei, tenho uma 26", raios aço inoxidável e cubos Shimano com Quick Release. Foi fabricada em alumínio 6061 com suspensão RST Capa 76mm de curso. Os câmbios são Shimano Altus e cassete 7v. Apesar de possuir espera para freios a disco ela vem com V-Brake ferradura. O pedivela é 42x32x22 e quadro tamanho 18. Simples...
A Caloi Elite 2.4 foi uma excelente bicicleta de entrada, custo x benefício, na época, porém em dias atuais seus padrões foram bruscamente alterados, fazendo dela um modelo não comercializado e ultrapassado.
É uma bike velha? Sim, mas me leva para todos os lugares com a mesma velocidade e precisão de quase qualquer outra bicicleta nova. Com essa "peça de museu" conquistei o pódio na última competição na qual não avistei qualquer outro concorrente que possuísse alguma máquina com roda aro 26" ou 27,5".
Tenho ótimos projetos futuros para transformar em específica para cicloturismo, mas até lá vai continuar sendo minha bicicleta coringa.
Se você deixa de competir, de fazer uma rota ou passear com os amigos por não ter o material tal, a bike modelo tal ou o uniforme na cor tal... Me desculpe, você não é ciclista!
A questão de praticar ciclismo vai muito além do status de algum componente ou modelo; ser ciclista é sentir o vento batendo no rosto, é acordar nos finais de semana antes das 4 horas na madrugada e fazer um esforço gigantesco para chegar no meio do nada. Ser ciclista é ser maluco, mas maluco do bem. Aquele que faz amigos na estrada e cumprimenta o primeiro estranho que na rua avistar. E para isso não é preciso ter uma bicicleta que custe R$70.000,00; só necessita o querer.
Aqui deixo uma dica: pegue o que tem em casa, sendo da melhor qualidade ou não, mantenha revisada para não haver problemas mecânicos e vai ser feliz!
Seja como for, bons pedais, força nos treinos e forte abraço.