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segunda-feira, 31 de julho de 2017

1ª Corrida Julho Laranja

Essa corrida é uma homenagem às vítimas de 2008 em Blumenau.
A iniciativa foi do Jeep Club de Blumenau, com vários patrocinadores incluindo a Prefeitura Municipal, e teve todo o apoio da Ultra Trail Eventos. Pronto. Receita feita para uma grande prova muito bem organizada.
A divulgação do evento, pelo menos em minha cidade, foi pequena; mas quando soube quem seriam os organizadores no mesmo instante fiz a inscrição. Em provas anteriores pude experimentar as trilhas por quais eles planejaram e fiquei encantando com tal seriedade e comprometimento. Uma prova da UT é para jamais esquecer, mesmo sendo com trajetos tão curtos como oferecidos na Julho Laranja.

As distâncias foram 5k para caminhada. 5k para corrida. 10k para corrida. Com um pouco mais de 300 participantes.
Embora eu esteja escrevendo esse relato hoje, pois estava exausto, a corrida ocorreu no dia 30, domingo, às 8 horas da manhã para aqueles, como eu, que resolveram encarar os 10 quilômetros. Havia distinção nas largadas em tempos diferentes para distâncias diferentes, significando mais conforto para os competidores. Fica muito mais fácil largar bem quando a aglomeração não ocorre e isso é bastante difícil realizar e ver na maioria das competições de corrida, sendo nas ruas ou em montanhas.
A largada foi forte. Quando menos percebi já estava com pace de 4min/km para poder me manter no primeiro pelotão. Avançamos em uma trilha recém feita logo nos primeiros metros com uma ascensão bem cansativa. Ninguém queria ceder. Todos nós continuamos correndo apesar da elevação grande e eu, como corredor de distâncias maiores, não estou acostumado com tanto esforço porque normalmente caminhamos nesses morros para conservar energia para o resto da prova; mesmo assim segui.
Após despencar nesse caminho ladeira abaixo retornamos para o asfalto e fomos encarar mais um morro, porém na trilha de piche que tão pouco tenho intimidade e contornamos uma boa parte da cidade até a entrada do Parque São Francisco de Assis. Uma trilha linda com mais uma subida extremamente cansativa. Era necessário uso de cordas para poder avançar, então você pode imaginar como foi essa "subidinha"...
Final da trilha e sobrou alguns metros até a tão desejada linha de chegada.
Três subidas fortes e uma prova para agradar até os mais exigentes.
Eu sei que escrevi pouco sobre a prova... Eu sei... Só que o mais legal ocorreu fora da corrida!

Primeiro surgiu uma grande surpresa, e estou sendo sincero em dizer, que conquistei a 1ª colocação na categoria 30-34 anos e fiquei em 10ª colocação no geral. Surpreso porque não estava preparado suficiente de acordo com meus parâmetros e o único intuito era completar o trajeto com sorriso no rosto e uma medalha no peito. Me animei, corri bastante e acabei presenteado com esse troféu que agora exibo com maior orgulho. Meu primeiro troféu nesse estilo de corrida.
O segundo fato, e o mais emocionante, foi quando durante a premiação e a corrida dada por terminada há vários minutos um último competidor cruzou a linha de chegada. Sim, ele foi o último a chegar, porém sei que também foi o maior campeão do dia.
Ele, que ainda não sei seu nome e assim que sair o resultado oficial vou consultar e aqui colocar, é portador de deficiência visual. Venceu todos seus limites e partiu direto para o pódio para ganhar seu mais que merecido troféu de 1ºlugar. Todos que ali assistiram aplaudiram constantemente durante uns 4 minutos. Ninguém queria parar de bater palmas e confesso que meus olhos "suaram"...
Toda a emoção, misturada com minha vitória e lição de vida em nossas frentes, me fez questionar qual é o valor de um atleta?
Lições aprendidas e metas batidas!
Uma prova que jamais esquecerei, não somente por uma vitória conquistada, mas por poder compreender a simplicidade do esporte. Sempre queremos ganhar, porém as maiores vitórias não estão em uma medalha ou em um troféu...
E de tal maneira me despeço agradecendo sua leitura e pedindo somente uma coisa: Pense nisso!

Tudo pelas corridas.
Bora treinar.
Abraços.

Agradecimentos especiais para John Felipe Bertsch, meu pai e um grande entusiasta da prática; e Estação Open Bar por acreditar nas possibilidades e patrocinar toda essa "loucura"!
























DADOS DA PROVA

DISTÂNCIA: 10,2 KM
TEMPO PERCORRIDO: 1:04:30
RITMO: 5:58 min/km
ELEVAÇÃO: -
COLOCAÇÃO GERAL: 10º lugar
CATEGORIA: 1º lugar cat. 30-34
REGISTRO DA ATIVIDADE NO STRAVA: https://www.strava.com/activities/1109211319


quinta-feira, 27 de julho de 2017

Os sorteios nas redes sociais funcionam?

 

Pessoas de má índole existem em qualquer lugar. Sempre há aqueles que querem prevalecer sobre a boa vontade dos demais e tirar algum proveito disso e, é claro, que as redes que usamos cada dia mais não ficaria fora do alcance desse tipo de aproveitador; porém relato fatos ocorridos que demonstram que ainda existem sorteios feitos de maneira justa e imparcial.
Antes de contar o que ganhamos em sorteios anteriores é necessário lembrar de algumas dicas para análise de valia essencial:


  • A rede social que está promovendo o sorteio possui outros endereços? (loja física, sede, blog, site...)
  • É de fácil acesso entrar em contato com os organizadores do mesmo? (email, whattsapp, telefones...)
  • Há histórico de sorteios? (Não é obrigatório, mas quanto mais ocorrido com eficiência melhor segue a referência)
  • Analise o prêmio proposto. (Quando o prêmio é de grande valor comercial e financeiro é necessário tomar mais cuidado. Ninguém vai presentear um indivíduo com um Land Rover em troca de algumas curtidas, certo?)
  • Leia as letras miúdas. (Sempre há uma notificação informando restrições, ex.: somente território nacional, data limite de participação, entre outros...)
  • Confira as avaliações feitas por outros usuários da rede. (Ler os comentários é um dos principais requisitos para ter uma boa experiência caso venha a ganhar alguma gratificação. Sei que existem haters, mas é provável que os usuários, em sua maioria, façam relatos de boa vontade com intuito de informar outras pessoas. Sendo casos experimentados bons ou não.)
  • Pergunte ao responsável. (Qualquer pessoa que esteja promovendo a premiação terá prazer em sanar todas as dúvidas ocorridas; se não te responder ou ignorar, então já é indício que está entrando em uma furada)

Mas chega de blá, blá, blá...
Vou contar as experiências dos "pés quentes" aqui de casa.

O Campeonato Metropolitano de Mountain Bike, em sua 6º etapa, com evento agendado para dia 06/08 em Campina Grande do Sul, promoveu um sorteio de 5 inscrições para os atletas que desejavam competir. Bastava curtir uma postagem específica e a fan page dos organizadores. Curti, compartilhei e não tive sorte, mas meu pai, como eterno entusiasta do esporte, fez o mesmo e ganhou!
Ele infelizmente não poderá participar desse evento, mas só o fato de ter ganho já trás uma satisfação bem bacana. É uma massagem no ego.
Já minha esposa, no final do ano passado, curtiu e compartilhou uma postagem de uma loja especializada em bicicletas da nossa cidade. Na verdade, eu vi o sorteio e a marquei, como solicitava nas regras da loja; e ela ganhou!
O presente foi um capacete da TSW modelo Speed Pro Race HX-08K que veio a calhar perfeitamente naquele momento.
Foram sorteios justos porque nós nem se quer conhecíamos os envolvidos, portanto não houve possibilidade de qualquer tipo de privilégio ou influência.

Eu ainda não ganhei nada, porém não deixo de participar quando tenho oportunidade sabendo que o evento é sério. Tenho como exemplo, um dos grandes ídolos nacionais da MTB, Brou Bruto Drews. Esse atleta é fantástico nas pistas e também fora delas.
A sua equipe sempre faz sorteios de muitos brindes e a referência que recebo dos usuários é de maior estima. Os concursos culturais e/ou sorteios ocorrem regularmente e as avaliações são SEMPRE positivas. Se você não conhece, acredito que está perdendo uma grande oportunidade de saber sobre um atleta elite extremamente carismático e ainda - de quebra - ganhar uns presentes!
Enquanto isso fico eu aqui na torcida por um manto da brutalidade assinado por esse cara...! Quero muito um desses!
Por conclusão, afirmo que é válido participar desses sorteios, desde que a cautela seja sempre consultada. Aqui, Na Busca da Aventura, também está rolando uns brindes e basta consultar a fan page no Facebook. Ficarei feliz em poder atendê-los.
Se precisar, estou sempre aqui!
Boas aventuras e abraços


terça-feira, 25 de julho de 2017

Morro da Igreja em São Bento do Sul

Quantas vezes você teve a chance de praticar esportes ao lado do seu ídolo?


Hoje eu deveria ter partido com o pessoal da Nexa Bikes rumo à Rio dos Cedros, com destino Cachoeira Formosa, circulando de bicicleta por paisagens fantásticas que prometo, em breve, relatar aqui nos meus escritos; porém quando surgiu a ideia de fazer um trekking com meu pai até o Morro da Igreja, via Corupá, não pude resistir!

Meu pai foi um grande atleta na juventude, mas há trinta anos abandonou (por força maior) os exercícios físicos e quando lhe surgiu a vontade de retomar os esportes eu pude dar uma forcinha!
Ele me acompanha em todas as competições e sempre me cobra a regularidade dos treinos, muitas vezes comenta querer participar de algo e, eu sei, que adora estar em meio a natureza, portanto trekking pareceu um caminho lógico para quem quer reiniciar a integração no mundo outdoor.
Por volta da 13:30h entramos no carro sem saber o que iríamos enfrentar. A única certeza partia do GPS em mãos, sei que não podemos confiar cegamente nesses aparelhos, mas não posso me queixar dessa vez. Um pouco mais de 1h de percurso até Rio Natal e chegamos ao destino desejado.
Quando olhei, ao pé do morro, o desafio me pareceu distante. O cume desejado estava alto demais e duvidei que nós dois (mesmo sozinho) poderíamos conquistar essa altimetria.

Fizemos uma parada quase obrigatória para quem caminha por essas ruas no Parque Natural das Aves. Um local que contribui na preservação ambiental instruindo seus visitantes sobre a conscientização, educação ambiental e conhecimento da fauna e flora da região.
Com tralhas nas costas e vontade de sobra iniciamos a subida por uma propriedade privada. O caminho é de elevação contínua, mas sem grandes dificuldades porque o terreno foi demarcado por algum tipo de trator de pequeno porte. Seguimos por 2 quilômetros aproximadamente.
Quando, acredito eu, atingimos metade do percurso o caminho da "tobata" acabou e a trilha de verdade começou!
Eu não fazia ideia que seria dessa forma e me encantei por ser assim.
Um pequeno rastro no chão foi muitas vezes nosso guia. Passamos por baixo de galhos, por cima de troncos, atacamos pedras, raízes e bambus e encontramos até alguns animais. Dois cães, para ser mais preciso, que em poucos segundos partiram mata a dentro sem nem se quer deixar vestígios.

Meu pai estava fadigado. Não por sua culpa plena, mas por ter passado muitos anos sem algum treinamento específico. Ao fazer uma parada para recuperar as forças, nós conversamos, e chegamos a seguinte conclusão que ele não poderia seguir mais sem que passasse bastante tempo em repouso; e esse tempo nós não tínhamos. Como resolvemos partir após o almoço o retorno não poderia exceder.
Ninguém quer ficar preso na mata sem que leve equipamentos próprios para tal eventualidade.
Como parecia faltar pouco até o cume (menos de 1k) resolvi partir enquanto meu pai descansava sentado em um abrigo coberto, gentilmente cedido pela própria natureza.
Acelerei tudo que pude! Eu queria o cume, mas também queria a presença dele, então fui o mais rápido que dava mantendo certo grau de segurança.

"Escalaminhada" é o termo propício para o término dessa trilha, que nos últimos metros dei de cara com um perdiz arredio, ave rápida e curiosa, me fez feliz por testemunhar vida selvagem ativa nos arredores da nossa região.
Enfim, encontrei a cruz fixada no topo daquele paredão de pedras. Havia cumprido a meta pessoal e queria voltar o mais rápido possível para perto do grande parceiro dessa aventura.
Quanto a descida não tenho muito que relatar...
Encontrei meu pai e conversamos durante todo o trajeto sobre as mais diversas coisas. Coisas de pai e filho!
Incluindo a volta de carro para Jaraguá do Sul, cheguei em casa próximo às 19hs, e esse trekking, além do desgaste físico, sugou nossa tarde de feriado por completa. Valeu a pena!
Porém preciso voltar ao foco dessa matéria. Não. Não é sobre a subida do Morro da Igreja que escrevo hoje. Escrevo pelo simples fato de poder trilhar com meu ídolo.
Em qualquer esporte temos algumas pessoas como referências, geralmente grandes campeões de suas modalidades, mas a minha atende pelo nome de John Felipe Bertsch.

Meu pai superou qualquer limite que pudesse esperar.
Ele não atingiu o cume, e eu sim, porém minha função é essa. Eu pratico múltiplos esportes, treino quase todos os dias e durante meses venho me modelando; e ele somente resolveu sair do sofá e encarar uma trilha. Assim. De repente!
Subiu com toda dedicação um área de grande altimetria, com caminho quase fechado em alguns pontos, cruzou raízes e árvores, sem reclamar nenhum momento e ainda me incentivando em continuar.
Ele não é somente um pai; é um verdadeiro exemplo para ser aplaudido.
Escrevi todo esse texto somente para agradecer.
Meu pai, meu herói!


DADOS DO PERCURSO:

Link no aplicativo Strava: https://www.strava.com/activities/1101527850
Distância: 6,9 Km
Tempo de movimentação: 1:12:07
Tempo decorrido: 2:17:35
Ritmo: 10:20 min/km
Elevação: 427m (lembrei de ligar Strava no meio do caminho)

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Machu Picchu: Viagem à Cidade Sagrada dos Incas, de Leon Hernandes Dziekaniak

Através do livro fiz um trekking imaginário fantástico


Quem nunca sonhou em visitar as ruínas de Machu Picchu?
Se sua resposta for negativa é porque já visitou, portanto deixa de ser sonho, ou não tem amor algum por aventuras...
Um dos trekkings mais famosos do mundo, consequentemente mais frequentados, caminha pela Porta do Sol por quatro dias em um percurso alucinante que pude viajar através das linhas dessa obra. Ainda não tive oportunidade de trilhar por maneira física, mas essas escritas me deixaram muito próximo disso.
O autor não representa um simples escritor relatando as belezas de tal local; ele conseguiu se tornar um parceiro de viagem não-presente, quase guia pessoal, que sussurra pequenos macetes de como vivenciar a experiência proveitosa no passeio por Peru.
Cada lugar, cada hotel, cada restaurante, é contado minunciosamente de como proceder sem que exista algum imprevisto inconveniente, sabendo que às vezes rola aqui, ou em solo estrangeiro.
O livro não está limitado a Machu Picchu; trata também das mais algumas cidades históricas, da arqueologia, da Cordilheira dos Andes, do Lago Titicaca, sobre lhamas e desertos, de picos nevados e o Vale Sagrado.
Quando terminei de ler não tive somente vontade de conhecer o Caminho dos Incas, mas quero poder estar em Cusco, em Águas Calientes, Pisaq, Puka Pukará, conhecer a comunidade Tabomachay...
Se for seguir passo a passo o roteiro contido na obra só posso afirmar que tempo disponível será primordial porque a escrita está tão completa que ziguezaguear por tudo requer muita disposição.
Se você está como eu, sem poder no momento partir no encantamento desse trekking histórico, deixo minha recomendação de leitura e caso esteja planejando partir em breve, também recomendo o mesmo por causa da rica informação contida que poderá lhe ajudar em cada andança. De qualquer forma é uma experiência ímpar.
Para falar de Machu Picchu ninguém melhor que o mestre:


"Nave enterrada, manatial de piedra
Caballo de la luna, luz de piedra
Escuadra equinocial, vapor de piedra
Geometria final, libro de piedra"
 
Pablo Neruda,
em Alturas de Machu Picchu

Boa leitura e boa aventura.
Nos vemos em breve!
Abraços.



TÍTULO: Leon Hernandes Dziekaniak
AUTOR: Machu Picchu: Viagem à Cidade Sagrada dos Incas
EDITORA: L&PM editores
ANO: 2002
EDIÇÃO: 2ª edição
Nº DE PÁGINAS: 140
COLEÇÃO: Bazar das Aventuras

sábado, 22 de julho de 2017

sábado, 15 de julho de 2017

Fartlek noturno 7K

Quando o amor vai parar nas corridas...

Tenho por obrigação em partilhar, em pleno dia nacional do homem, o grande presente que recebi durante a calada da noite na qual acreditava que nenhuma novidade pudesse surgir: ganhei uma parceira de treino!
Até tal momento sempre tive essa grande admiradora do trabalho focado em esportes, mas algo nas últimas aventuras, as fotografias para ser mais explícito, estavam chamando sua atenção mais que o normal. Senti que não lhe bastava apenas ver os locais nos quais estive, que sempre elogiou positivamente, porém queria poder estar presente para apreciar com os próprios olhos. Para começar a correr foi um "pulo"...
Fartlek foi nossa escolha como iniciação, um tanto óbvia, porém eficiente. Nesse método, desenvolvido pelo sueco Gösta Holmér no final dos anos 30, a prática consiste em intervalar a intensidade da corrida. Ora em ritmo acelerado, ora em ritmo reduzido. Criando assim uma espécie de jogo de velocidades, quase uma brincadeira, sendo que a tradução da palavra consiste em algo muito próximo a isso.
O palco para devida estreia foi o Parque Malwee, um verdadeiro santuário ecológico, que em breves postagens trarei maiores informações; sendo que por si merece uma matéria inteira dedicada ao encantamento de tal localidade.
Me vi alguns meses passados nos pés da minha esposa.
Da memória resgatei cada dificuldade, cada respirada profunda e cada dúvida. Não tive alguém que pudesse instruir; somente a vontade em persistir me acompanhava e o imenso prazer em poder dividir uma fração do pouco aprendizado conquistado foi de imensidão gratificante que não há palavras para descrever. Ainda mais com quem tanto amo!
"Vai, amor. Você consegue." são palavras que ouço com certa frequência e poder fazer uso das mesmas me trouxeram um sentimento de responsabilidade e comprometimento. Foi demais...
Ela está pronta para encarar as primeiras corridas, em criar uma planilha de treinos e começar em pensar na prova 5k de estreia. Antes do término desse ano, acredito, que a Mônica vai enfrentar sua primeira competição e eu, certamente, nem desejo participar; ou melhor, penso em fazer a inscrição e correr ao lado dela para servir como apoio.
O que mais desejo é influenciar alguém.
Em todos esses anos em que constituímos um relacionamento sólido e uma família terna, poder estar ao lado dela em quase todos os momentos não trás a sensação de sufocamento, igual a alguns casamentos que ouço por aí, mas sim, de cumplicidade. Amo uma mulher incrível que em um todo fez parte da minha transição de menino para homem. Tudo que criei, desenvolvi e conquistei ela esteve ali, agora é minha hora de retribuir um pouco com o esporte recém descoberto.

Vamos lá, meu amor! Estou ao seu lado. Na vida, nas pistas e na competição. Para hoje e sempre!

Me desculpe para quem procurou nesse post alguma dica de treino, uma rota de corrida ou alguma informação mais técnica, mas esse blog é consistido basicamente de relatos pessoais e, sendo assim, o mais justo é poder falar desse amor por aventuras e por pessoas; porque essas sensações fazem valer a vontade de acordar cedo e colocar os pés na estrada.

Se continuou lendo esse relato, achou interessante, e já teve a oportunidade de dividir as aventuras com seu amor conte essa história aqui nos comentários. Ficaremos imensamente gratos em saber que não somos um dos poucos casais que dividem essas conquistas na corrida, no ciclismo, no trekking ou qualquer outro evento outdoor.

Espero paz pra todos!
Boas corridas, bons treinos e bons amores.
Abraços


segunda-feira, 10 de julho de 2017

Por que trekking?

Fugir da "selva de pedra" não é um ato de covardia ou amedrontamento, apenas, por algumas horas, se sentir livre feito o que éramos em algum tempo. O vento no rosto, a terra sob os pés e a paisagens naturais são reconfortantes para as mentes mais inquietas quando tudo aquilo que nos cerca, de alguma forma, não parecem estar em seu devido lugar. Não é fuga, é encontro.
É saber que há algo lá fora que bate na janela da consciência dizendo "venha, porque aqui você é você" e, após respirar profundamente, o ar invade os pulmões e os primeiros passos são dados.
A trilha não me leva por um caminho, mas me deixa escolher o destino; sabendo que o interessante é a travessia e não o cume. As pessoas, não qualquer uma, mas aquelas pessoas, eu ainda nem conheci, porém sei que trarão bagagens tão importantes que no meu caráter deixarão cicatrizes. Talvez seja amor em uma essência diferente das habituais ou talvez seja somente o tesão por viver!
O Trekking surgiu na minha vida quase por acidente. Nasceu de uma frustração em não poder correr por causa de uma velha lesão no joelho, que mais tarde através das caminhadas e do ciclismo o fortalecimento me trouxe novamente para essa prática, foi um presente acidental que tornou-se encantamento.
Quando pratico estou em contato com tudo que parecia estar perdido durante anos. Não é uma questão de vida saudável nessa era fitness, nem em ser um super atleta movido a endorfina e suor; é o simples fato de poder escolher. Ligado na rotina urbana não sinto como se as opções que faço são puramente natas, como entre a embalagem azul ou amarela, ou suco engarrafado de pêssego ou uva, é muito maior que isso. No trekking posso comer uma goiaba que encontrei e colhi do pé, não tenho morangos, pêras ou bananas em prateleiras. Somente a goiaba. Dá pra entender...?
Ao relatar minha experiência e paixão por tal esporte devo comunicar, e salientar, que não sou profissional do esporte, treinador, professor de educação física ou qualquer outro ofício relacionado ao preparo, por tanto o que escrevo são somente opiniões pessoais, que para maior aprofundamento na área é necessário consulta com pessoas especializadas por tal, mas garanto que isso é vida. No mais puro ato de viver.
São cachoeiras, são rios, é mata. São momentos, são lembranças, é calma.
O que me marca nesse esporte e deixa meus pensamentos atiçados são as conversas feitas no percurso. Gosto de partir sozinho para organizar os anseios e as imagens vistas em uma fotografia podem ser imortalizadas, mas as palavras ditas quando se possui boa companhia não são registradas em nada além do que no próprio âmago. Isso não possui preço que alguém pague, nem tempo que se recupere. Isso é tudo que posso dizer.
Por isso quando me perguntam "por que trekking?" costumo ser bem objetivo na reposta: "Sei lá... É legal...".

Se você, do outro lado dessa tela, está me julgando como maluco que quer chamar atenção ou algo parecido, com único intuito em promover a prática de tal,  lhe lanço um desafio: - Vá para a trilha! - Depois deixe aqui nos comentários se estou tão errado assim ou se nada aqui escrito faz sentido.

Vai lá! Aceite a provocação! Se permita arriscar...
Bons rumos e abraços




sexta-feira, 7 de julho de 2017

Oggi Big Wheel 7.4

Brinquedo de gente grande


Você está na fase em que simplesmente fazer trilhas com os amigos e passear pela cidade não dá mais aquela sensação de plenitude e sente a necessidade de colocar à prova todos as horas de treino em uma competição?

A Oggi 7.4, linha 2017, é o melhor custo/benefício do mercado (opinião pessoal) e vai sanar essa vontade de competir sem perder em nada para outros modelos da concorrência!

Tive a oportunidade de fazer alguns testes com essa máquina e fiquei muito surpreso com desempenho de rodagem, me fazendo lembrar as bicicletas de carbono, por causa da leveza e ação rápida na resposta. Apesar de ser construída em alumínio, e a solda é muito bem acabada, ela pesa 12.400 gramas aproximadamente e é um equipamento que me fez sentir muito seguro em seu manuseio.
Quando recebi o convite da Nexa Bike para experimentar, e avaliar, essa Oggi confesso que fiquei receoso por não conhecer muito bem o fabricante. Estamos acostumados em procurar marcas com renome internacional quando resolvemos fazer um investimento relativamente caro, deixando de lado os produtos nacionais, mas enfim meus preconceitos finalmente caíram por terra.
Uma das coisas que me chamou atenção desde o princípio foi a escolha da marca em optar por "grupo fechado" Shimano SLX. Nada contra as que possuem componentes mistos, confesso ter tido uma bike que parecia Frankenstein em tempos passados, porém possuir todas as peças do mesmo modelo, feitas para desempenhar em harmonia, faz somar mais um ponto em credibilidade ao meu ver.
O par de rodas se comportou muito bem em passagens irregulares e mesmo cruzando por obstáculos, como meio-fio, não tive problema algum na pedalada. A cereja desse bolo se apresentou justamente nesses tipos de terrenos, não digo urbanos, mas quando resolvi coloca-la nas trilhas. A suspensão Manitou Marvel é incrível!
A leitura que foi feita nas subidas íngremes, travada no guidão, e nas descidas mesmo com rockgardens muito técnicos, me trouxe o conforto que os iniciantes procuram somada a precisão que os profissionais precisam.
Gostei de tudo; desde a manopla até o selim. Essa bicicleta nasceu para competir e o quadro possui garantia vitalícia!
Para quem não deseja gastar uma pequena fortuna, mas sabe que necessita de um equipamento de qualidade para prosseguir na evolução dos treinos, fica minha dica: OGGI 7.4.
A Nexa Bike é autorizada da marca na nossa região e disponibiliza esse modelo no valor de R$6.999,00 reais, podendo ser parcelada em até 12x no cartão de crédito. Não tenho conhecimento quanto aos valores exatos, mas garanto que, caso a compra seja efetuada em espécie, um bom desconto vai lhe aguardar! Basta clicar no link da loja e mandar uma mensagem inbox que a equipe está prontamente atenta para orientar e sanar seus questionamentos...


Espero que ajude na escolha e bons treinos.


FICHA TÉCNICA:

  • BIG WHEEL 29 7.4 - SLX 7000 - 22 V
  • QUADRO EM ALUMINIO 6061 T6 TRATADO C/PONTEIRA POST MOUNT P/FREIO Á DISCO E REMOVIVEL C/ RABEIRA SNAKE COM NOVO SHAPE TRIANGULAR MAS RESISTENTE E COM GUIA P/CAMBIO DIANTEIRO SIDE SWING E CABEÇOTE ( HEAD TUBE ) TAPERED ( 44 / 55 )
  • GARFO / SUSPENSÃO DIANTERIA MANITOU MARVEL COMP 29 C / EIXO DE 15 MM + (TRAVA NO GUIDÃO ) - TRAVEL 100 MM
  • GUIDÃO MTB ITM NH1 FLAT 31.8 MM OVER C/700 MM EM ALUMÍNIO PRETO
  • SUPORTE DO GUIDÃO AHEADSET ITM NH1 EM ALUMÍNIO 31.8 MM OVER COM EXTENSÃO DE 90 MM
  • MOVIMENTO DE DIREÇÃO TAPERED AHEAD 1.1/8" 44/55 SEMI-INTEGRADO
  • MANOPLA VELO EM KRATON COM 132 MM
  • PEDIVELA SHIMANO SLX MODELO FC - M7000 HOLLOWTECH 2 PARA 11 VEL - 175 MM 36 X 26 DENTES COM BBSET INTEGRADO
  • CORRENTE SHIMANO - CN HG 601 - 11V
  • FREIO SHIMANO SLX HYDRAULICO MODELO BR -M 7000 COM ROTOR SM - RT70 DE 160 MM
  • PEDAL SPD SYSTEM
  • CUBO DIANTEIRO SHIMANO SLX MODELO M7010 P/QUICK RELEASE DE 15 MM 32 FUROS
  • CUBO TRASEIRO SHIMANO SLX MODELO M7000 C/QUICK RELEASE 32 FUROS
  • AROS AERO COM PAREDE DUPLA 32 FUROS
  • RAIOS AÇO INOXIDAVEL
  • PNEUS 29 " X 2,10 - KENDA - SMALL BLOCK - KEVLAR
  • SELIM MTB SAN MARCO ERA
  • CANOTE DO SELIM ITM MODELO NH1 EM ALUMÍNIO 31.6 X 400 MM
  • ABRAÇADEIRA DO SELIM ALUMÍNIO ( 34.9 MM ) C / QUICK RELEASE
  • ALAVANCA DE CÂMBIO SHIMANO SLX MODELO SL - M7000 I-SPEC II ( 11 V X 2V ) 22 VELOCIDADES
  • ALAVANCA DE FREIO SHIMANO SLX MODELO BL - M7000
  • CÂMBIO DIANTEIRO SHIMANO SLX MODELO FD-M7020 H SIDE SWING FRONT PULL ( DOUBLE )
  • CÂMBIO TRASEIRO SHIMANO SLX RD - M7000 11 V SHADOW PLUS
  • CASSETTE / RODA LIVRE SHIMANO SLX MODELO CS-M 7000 11 V - 11- 42 DENTES
  • MOV.CENTRAL SHIMANO INTEGRADO AO PEDIVELA
  • TAMANHO 15.5" / 17" / 19" / 21"
  • NUMERO DE MARCHAS 22 V







  • quarta-feira, 5 de julho de 2017

    Hiking até a antena da Pedra Branca (ou quase)

    I came back...!

    Para aqueles que acompanham o blog já sabem que a Pedra Branca é um dos meus locais prediletos para treino e lazer, e para quem ainda não leu Hiking na Pedra Branca e fazendo novas amizades está disponível feito como introdução da matéria de hoje.
    Na última subida dei por concluído o trajeto quando cheguei ao pesque-pague Zimermann, porém dessa vez, com companhia de um dos meus cunhados, resolvemos seguir em frente mesmo não conhecendo o percurso.
    A estrada de terra que avança pelo pesque-pague é a mesma que dá continuidade a caminhada, por isso é necessário cruzar o estabelecimento mesmo sem que haja alguém para instruir. Até pareceu estranho, mas o local estava completamente aberto e não havia vestígio de qualquer ser humano por perto.
     Em minha imaginação, e no mapa previamente consultado em casa, o restante do trajeto deveria ser estendido por 1 quilômetro e possuir a elevação de 50m aproximados, mas em alguns minutos e outros passos logo percebemos que não seria bem assim...
    A estrada continuou em ascensão e mudou a textura. Havia muito mais cascalho que em quilômetros anteriores e as valas mais acentuadas; é provável que as marcas, em grande parte, são deixadas por carros de tração animal ao invés de motorizados embora nas casas que no caminho encontramos, curiosamente, possuíam automóveis e motocicletas em suas garagens e muito pouca área de pastagem há naqueles morros.
    Quando, no chão, encontramos pinhas e pelas laterais da rua flores hortênsias a convicção que não seriam somente 50 metros de elevação que enfrentaríamos no local foi instantânea.
    Umas das curiosidades infelizes é que embora exista muitas plantas na região a grande maioria são pupunhas e eucaliptos; assim o solo não é o mesmo. Ao invés de manter um ciclo autossustentável essas plantas, introduzidas por mãos humanos, mais agridem o solo, esgotando os recursos, do que contribuindo para flora local. Estou ciente que é pouco provável, e complexo, manter a mata-primária por questões econômicas, mas mesmo assim isso me incomoda.
    Voltando para parte boa...
    É possível, em dias com céu limpo, avistar montanhas fantásticas da nossa região e, aos pés do vale, uma grande área da cidade, mesmo muito distante.
    Encontramos, próximo ao destino final, um pequeno filete d'água aparentemente limpo; se era potável não sei, mas que estava bem gelada e saborosa posso garantir, embora não aconselho ninguém a consumir sem que esteja certificado de sua pureza. Aquela velha história "faça o que eu digo e não faça o que eu faço...".
    Para nosso espanto, quando quase conquistando o cume desejado, uma porteira nos impediu de prosseguir. Havia notificações bem visíveis para não invadir aquele terreno e a única coisa que nos restou foi contemplar de longe o lugar no qual gostaríamos de por os pés.
    Foi um momento de descanso, mas não de frustração. Não conseguir concluir o objetivo em relação ao topo do morro não significa que o hiking fracassou, sendo que o planejado era cruzar uns passos com boa conversa e contemplação da natureza. Isso conquistamos!
    A descida foi rápida e cheia de planejamentos. Como todos bons trilheiros, e acho que ruins também como nós, nem terminam um caminho e já estão pensando em outro.
    Um diálogo franco com um dos moradores locais antes de partir nos fez ascender a vontade de planejar o retorno mais breve possível. Ele ficou surpreso em saber que a porteira estava fechada e nos informou como adquirir autorização em algum outro dia, portanto, a nossa volta está garantida, porém sem data agendada.
    Quanto a companhia de Ronald Campos é sempre mais que bem vinda e sei que quando resolver desbravar qualquer pedaço de mato posso contar com ele. Fica meu abraço!

    Se você gosta de aventuras aqui está em casa.
    Puxe uma cadeira, conte uma história e vamos juntos para mais um desafio...

    Até breve e boas trilhas.





    DADOS DA ATIVIDADE:

    Distância: 13,4 km
    Tempo de movimentação: 02:13:14
    Tempo decorrido: 02:40:08
    Ritmo: 09:53/km
    Elevação: 696 m
    Registro Strava: https://www.strava.com/activities/1069309259#kudos



    domingo, 2 de julho de 2017

    Travessia Morro do Saco

    Quando não é o dia...

    Apesar de haver previsão de chuvas intensas, que erroneamente calculadas foram, o dia nasceu agradável e os ventos sopravam somente brisas. Ligeiramente nublado estava o céu e a temperatura amena fez-se presente. Um dia perfeito para pedalar, ou ao menos assim nós esperávamos.
    A partida foi dada por volta de 8 horas da matina e nosso ponto de encontro foi os portões da empresa Malwee.
    Rumamos pela Serrinha do Rio Cerro com seguimento em destino ao divisor de municípios, um marco entre Jaraguá e Pomerode, porém não descemos para o bairro Testo Alto como habitual; subimos mais um pouco pela Estrada Carolina.
    O meu parceiro de time, infelizmente, apresentou pequenos enjoos e, por alguns instantes, me passou pela cabeça em desistir desse treino. O Morro Schmidt poderia esperar por momentos oportunos, mas com afirmativa de melhora do José, também um pouco de teimosia, decidimos dar continuidade ao destino almejado.
    Na Estrada Carolina, entre alguns sobes e desces nas ruas de terra, não apresentou grande dificuldade para desenvolver alguns quilômetros a mais.
    Ambos não sabíamos o caminho e nem se quer havíamos passado por tais vias em situações anteriores. Foi um tiro no escuro no desejo de acertar o alvo.
    Sem que esperávamos uma descida extensa surgiu por baixo das nossas rodas e mesmo sem pensar muito disparamos naquela queda cortando o vento gelado. Na primeira, e única, bifurcação que surgiu José me questionou "Será que não é aqui a subida? A estrada está ruim, mas tem fios de energia elétrica. Deve dar em algum lugar..." , e eu respondi "Não. Não faz sentido. Ainda falta alguns km." a minha teimosia, que não é pouca, gritou mais alto mesmo sem ter noção alguma da veracidade na escolha.
    Alguns minutos passaram e as dúvidas começaram a martelar os pensamentos. Resolvemos pedir informações a alguns moradores locais que conversavam em frente ao quintal.
    Eu estava errado! A subida era aquela mesmo, mas por sorte, se caso houve alguma nesse dia, não estávamos tão distantes da viela de pedras - como nomeei - a estradinha procurada.
    Meu amigo estava exausto. É certo que, por causa do trabalho e faculdade, não estava com tanto preparo físico como antes, mas mesmo assim não justificava a situação na qual estava.
    O desgaste foi visível na face e pernas. O garoto teve um dia de muito azar quando resolveu vir treinar comigo.
    As opções que tínhamos em mãos eram seguir em frente e tentar achar esse tal de Morro Schmidt ou voltar pelo mesmo caminho tendo de enfrentar a enorme diferença altimétrica antes vivenciada. Sinuca de bico!


    Aí você deve estar se perguntando o que têm a haver o Morro do Saco mencionado no título? Acredito que é óbvio... Seguimos na tentativa de encarar mais um caminhos desconhecido com subidas que a cada curva que surgia mais uma parede de pedras empilhadas. Aquilo parecia não ter cume e muito menos fim e mesmo assim, bem devagar e às vezes empurrando, fomos alimentando a esperança que em algum momento toda aquela tortura iria acabar. Digo tortura por causa do José; em particular adoro caminhos assim, mas a saúde dele não conseguia acompanhar essa vontade de explorar.
    Durante mais de hora ficamos na tentativa maçante de pedalar, até que, ao cruzar com quatro ciclistas no sentido opositor, as subidas acabaram. Não havia cume. Não havia nada. Restou uma descida por paisagens belíssimas, daquelas de tirar o fôlego, mas estávamos no morro errado.
    Saímos de Rio dos Cedros e paramos em Pomerode, claro, fazendo a travessia do Morro do Saco sem ter noção alguma do que ocorria. Ainda, através de pesquisa que fiz na internet antes de escrever essa matéria, li alguns relatos de aventureiros da região que afirmavam ser o sentido mais difícil aquele que "escolhemos". Executamos a pedalada pelo lado sul, aparentemente, o pior.
     No centro de Pomerode foi obrigatório uma parada para comer algo. Nossa expectativa de tempo para treino já havia extrapolado e meu amigo precisava tentar repor um pouco de todo o esforço que o corpo consumiu.
    Pra voltar, não poderíamos ficar sem, precisamos subir a serra pelo bairro Testo Alto e essa judiou bastante...
    Bom, mas façamos uma análise do ocorrido:
    Meu amigo passou muito mal e comprometeu nosso rendimento. E daí?
    Eu mesmo já precisei abandonar desafios e abortar pedaladas pelo mesmo motivo, por isso, nessa e em qualquer outra pedala, fica evidente que aquilo que possui valor não é o KOM conquistado, a melhor velocidade atingida e a quantidade de altimetria alcançada; o que há valor é a amizade!
    Levamos muitas horas mais do que desejamos e eu estava com ótima disposição para rumar, mas do que me valeria esse pedal se, para obter bom desempenho no dia, seria necessário abandonar o José pelo caminho? Isso é, no mínimo, falta de companheirismo, para não escrever algo pior.
    Um dia é você que pode ficar pra trás...
    Não foi meu melhor pedal, porém um dos que mais me ensinou, portanto valeu a pena!
    Sei lá... Pense você... Mas não devo estar tão errado.
    Agradeço sua leitura e peço que deixe um comentário contando como foi o "perrengue" que passou; divida conosco aquele dia horrível que tropeçou nos seus pedais e o que fez para torna-lo inesquecível.

    Forte abraço e boas pedaladas!



    DADOS DO PEDAL

    Distância: 77,8 m
    Tempo de movimentação: 05:49:10
    Elevação acumulada: 1601m
    Velocidade média: 13,4 km/h
    Velocidade máxima:49,3 km/h
    Tempo decorrido: 07:04:20




    Só pra constatar, ainda conquistamos a Competição de Ciclismo Ciência no Esporte. Desafio promovido pelo app Strava em qual fez a proposta para todos esportistas cumprirem 4 horas em cima do selim. Nosso tempo excedeu 5 horas e 49 minutos. O desafio foi encerrado no dia 02/07/2017.