Páginas

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Paredão Rio Bonito, em Rio dos Cedros


Às vezes penso que seja doença, mas essa ânsia que possuo por explorar algo novo me tormenta desde que lembro feito "gente"; e a escalada, em aspecto geral, não poderia deixar de encantar esses olhos aqui marejados de desafios.
Passado alguns meses tive a oportunidade de conhecer o pessoal do hostel de montanha Refúgio das Nuvens e da escola de montanha Garra, e além em poder sanar dúvidas de um leigo entusiasmado, criei bons amigo dos quais jamais poderei me arrepender!
Minha pesquisa sobre o assunto acabou tomando várias horas madrugada adentro em busca informações que um dia poderiam valer. Desde 1786 no Mont Blanc iniciando o Nobre Esporte das Alturas, até a Grande Trango Tower no Paquistão. Tudo fascinou!

Nomes como Sílvio Mendes, Reinhold Messner, Lionel Terray, Guido Magnone, Edmund Hillary, entre tantos outros, começaram fazer sentido...
Subi na bicicleta e rumei os 35km, com ascensão aproximada de 900 metros em 10k de subida contínua, em direção ao hostel em Rio dos Cedros. Com breve pausa para abastecer de água durante a serra, em uma pequena cachoeira que derrama seus trilhos pela estrada em um ponto quase estratégico, cheguei com certo cansaço, mas agilidade, e tão bem recebido quanto a última vez que pude visitar.
Lá estou em casa, ou pelo menos, assim sinto.
Conversamos, almoçamos, conversamos, planejamos e conversamos...
A companhia foi tão agradável que horas pareceram minutos, até mesmo vizinhos do hostel, clientes meus na época na qual trabalhava em uma loja especializada em comércio de eletrônicos, pude reencontrar. Por si só foi válida a pedalada, porém, para minha euforia, havia chego a hora de caminhar até os pés do paredão Rio Bonito.
20 ou 30 minutos de trilha, perdi a noção de tempo, partimos ao encontro das vias.
A intenção do Bebeto e do Daniel, meus instrutores da aventura, não foi a prática da escala em si. Fomos com intuito de fixar proteções e determinar o local exato em que seria criada uma via muito simples, propriamente focada ao público inexperiente, assim como eu. A ideia é subir 35 metros por um caminho nas rochas de fácil acesso e descer por rapel até o solo.
Pra você, caso não tenha contato algum com escalada em rocha e tem curiosidade na experimentação de tal, aqui fica minha indicação pessoal!
Subimos até o local desejado em minutos.
Ao contrário do que imaginei, não fiquei nervoso, meus batimentos cardíacos não aceleraram e não tive paralisias de pânico. A única coisa que senti fortemente no peito foi orgulho...
Muitos montanhistas podem julgar essa minha plena satisfação como piada, como "novata" ou simples demais, mas a sensação de liberdade e conquista que senti ninguém vai me tirar. Espero que chegue um dia, muito distante ainda, em que poderei lembrar desse dia e dizer "como fui bobo, era só uma subidinha sem cordas", porém enquanto esse momento não chega, me dou por satisfeito!
Ao voltar estava feliz com a promessa que em breve iria retornar.
Para concluir esse relato deixo minhas indicações para final desse ano: Conheça o Hostel e a Escola (os links estão no começo da matéria), no mínimo, se surpreender com novidades. Faça seu roteiro em um dos locais mais belos da região, hospede-se com conforto e tranquilidade, ou monte sua barraca porque também aceita camping, e faça amigos que compreendam a sua paixão pelo esporte e pela natureza!

Experimente!

Abraço





segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Dia Internacional da Montanha

É necessário respeitar aquilo que ama

Parece sem sentido comemorar o Dia da Montanha sendo que a maioria das pessoas não são montanhistas e nem se quer possuem algum contato turístico com tal, porém o intuito é de conscientização e preservação para o mesmo. Desde 2003, nesse dia, todos celebram o amor que possuem por essas formações rochosas das quais levam somente fotografias capturadas e boas lembranças vividas; sem deixar rastros, sem deixar sujeiras!
A Assembléia Geral das Nações Unidas firmou essa data para lembrar cada indivíduo a necessidade do cuidado com o ecossistema altamente sensibilizado. Em um local que a biodiversidade de fauna e flora é abundante, e diferenciada, por infeliz infortúnio dificilmente defendida por falta de contato ou ignorância demasiada, que seja feito justo, há a obrigação de preservação imediata.
O ser humano nunca encarou as montanhas como adversárias, precisas de conquistas e desbravamentos, mas sim, feita companheiras adaptáveis e ambientes santificados para clamar seus deuses religiosos (grande parte das culturas milenares). Um ser humano civilizado em dias atuais, quando busca esse caminho, geralmente, está em busca de refúgio e não propriamente desafio. Procura paz e não guerra. Procura contato com a natureza e não um pasto devastado...
O ambiente que tanto lhe faz bem precisa de ajuda para assim permanecer.
Pense nisso...!